Vale a pena ler!
A história de Evelyn ocuparia muitas páginas, pois Deus
literalmente a resgatou de um cesto de lixo. Abusos verbais, físicos e sexuais
marcaram a sua infância. Um casamento na adolescência, para escapar de seu lar,
só fez trocar um conjunto de problemas por outro. Logo, ela era uma jovem
divorciada tentando preencher uma necessidade quase insaciável por atenção e
amor masculinos, pulando de um caso a outro. E, então, um colaborador cristão a
apresentou a um grupo de comunhão carinhoso e amoroso, e ela passou por
comovente conversão. Ela sentia que Deus queria que completasse a sua educação
escolar. Foi enquanto estava na faculdade que ela veio em busca de
aconselhamento. Além das feridas dos seus primeiros anos, alguns dos seus
próprios pecados passados haviam deixado profundas cicatrizes na sua vida. Aos
poucos, a graça salvadora, santificadora e restauradora de Deus foi fazendo
mudanças notáveis na personalidade de Evelyn. A área em que ela sabia que mais
precisava “vigiar e orar” era a sua necessidade quase compulsiva de homens. Ela
percebeu que, em certo sentido, ainda estava procurando um pai.
Evelyn
formou-se e conseguiu um bom emprego como secretária. Pelo fato de ser
responsável, e de trabalhar duro, foi promovida a assistente pessoal do
presidente da companhia. Isso significava muitas horas de trabalho junto com
ele no escritório, e também horas extras. Embora ele fosse um homem casado, com
família, ela se sentiu atraída para uma proximidade emocional com ele. A
situação nunca era mencionada, mas ambos percebiam o que estava acontecendo.
Certo dia,
quando ele pediu que ela o acompanhasse em uma viagem de negócios, ela bem no
fundo do coração sabia o que isso significava. Chorou e orou sobre isso perante
Deus, mas aquele antigo vazio parecia atraí-la para um redemoinho do qual não
conseguia escapar.
Na segunda
noite em que estavam fora, enquanto jantavam, o patrão expressou seus
sentimentos por ela. Ela respondeu que sentia a mesma coisa por ele. Aceitou o
seu convite, e concordou em ir ao seu quarto após a última reunião de negócios.
Durante as reuniões da noite, uma luta horrível se travava dentro dela. Mais
tarde ela escreveu: “Era como um cabo de guerra, e eu era o cabo! Quando
acabou, eu estava tremendo como uma vara verde. Então uma grande paz interior
assumiu o controle. Era realmente ‘a paz que excede o entendimento’, porque
certamente eu não podia entender o que fiz. Mas quando saímos juntos da
reunião, parei e disse: ‘Jim, admiro você mais do que qualquer outro homem que
conheço. Quero tanto estar com você esta noite que realmente estou ansiosa. Fui
eu quem o incentivou. Perdoe-me. Mas é que durante a reunião lembrei-me de que
certo homem de Kentucky falou-me o quanto Deus me amava, e acreditei nele. E
simplesmente não consigo ir contra esse tipo de amor. Ele tem feito muito por
minha vida e isso significa demais para mim.”
Evelyn
havia descoberto o segredo: a percepção do amor incondicional e da graça
imerecida de Deus, que nos mantém firmes na tentação; não a culpa e a
autocondenação, mas a graça e o senso de auto-estima que a acompanha.
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